segunda-feira, 3 de setembro de 2007


Solidão dos erros

Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
O cigarro acabou e a aguardente também. Sentado nessa estrada poeirenta eu só penso na vida e nos problemas. A cabeça dói. Minhas mãos calejadas apodrecem. Nenhum carro cruzando a estrada. Nenhum barulho de animal que eu possa escutar. Amigos? Não sei onde. Inimigos? Estão longe. Aqui, somos apenas eu e você.

Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
A vida me passou a perna nessa manhã de domingo. Deus não pôde me ajudar. Eu pensei que fosse adulto e o mundo me mostrou que ainda sou uma criança. Fecho os olhos para enxergar tudo que aconteceu comigo. O tempo não me fez esquecer de nada. Os meus cabelos ralos e brancos caem num simples passar dos dedos. Aqui, somos apenas eu e você.

Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
Ouço meus soluços e engulo uma água salgada que acho vir do peito. Algumas coisas a gente erra, mas não pensei que tudo pudesse dar errado. Olhando o sol que arde voando pelo vento, eu sinto medo. Sinto um medo que nunca tive em toda minha vida. Olhando o meu presente temo que o fim esteja próximo. Aqui, somos apenas eu e você.

Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
Algumas coisas a gente erra, mas não pensei que tudo pudesse dar errado.

Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
Solidão, não me deixe sozinho. Se você for embora, possa ser que eu tome uma decisão precipitada.
Algumas coisas a gente erra, mas não pensei que tudo pudesse dar errado.


Aqui, somos apenas eu e você.

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